25 março 2011

No Paúl do Boquilobo e Golegã, Mariana Bernardo

Caminhada ao Paúl do Boquilobo,
pela Mariana Bernardo 



No dia 13 de Março fiz uma caminhada no Paul do Boquilobo. Éramos cerca de 55 pessoas. Como na noite passada tinha chovido o solo estava lamacento e escorregadio, o que fez com que eu tenha caído duas vezes de rabo no chão. Nós andámos 13 km, mas apesar de terem sido 4 horas a andar, também foram 4 horas de diversão.

Depois de chegarmos à Golegã fomos almoçar a um restaurante chamado “O Cú da Mula”. Golegã é uma vila, mas apesar de ser pequena é muito bonita e as pessoas são muito simpáticas. O cavalo é o símbolo da vila.

Eu vi uma Magnólia que é uma árvore muito bonita e ainda por cima tive a sorte de a ver florida. Sabiam que as Magnólias ou têm flores ou têm folhas, mas nunca têm as duas coisas ao mesmo tempo?

Depois fomos a um museu chamado Museu Carlos Relvas. À porta tinha uma estátua dele. Tinha um jardim muito verde e vivo. Por fora a casa é muito bonita, mas na verdade aquela casa era o estúdio de Carlos porque ele era um fotógrafo famoso.
Também era músico, mas dedicou-se à fotografia. Ele tinha barba e um bigode engraçado. Nasceu na Golegã em 1838. Ele foi baptizado numa capela perto de casa. Casou-se com Margarida de Azevedo e mandou construir uma casa estúdio (actual museu). O telhado era feito de vidro para ter sempre luz. Mais tarde Margarida morreu e deixou Carlos e os filhos, mas depois Carlos casou-se com Mariana Correia.

Passado alguns anos, ele também morreu, mesmo no seu estúdio, que também servia como sua casa. Carlos participou em vários concursos de fotografia e ganhou a medalha de ouro na exposição internacional de fotografia em Paris e em muitas outras.

No museu há um álbum de fotografias de Carlos e com reproduções dele, até dá para mexer e abrir! O museu tem umas escadas em caracol muito giras. O piso de cima é muito iluminado devido ao telhado feito de vidro. Há uma sala que era a sala de espera, onde as pessoas esperavam para ser fotografadas. Também havia uma sala de descanso, porque as poses eram cansativas e não se podia pestanejar nem mexer, pois isso era suficiente para desfocar a fotografia. As máquinas antigamente eram muito mais pesadas e menos sofisticadas do que as actuais.

Carlos Relvas também se dedicava a corridas de cavalo e construiu um barco salva vidas que se chamava “Sempre em Pé” porque quando se virava voltava à posição inicial. Também escrevia para uma revista de fotografia. Uma das revistas tem uma dedicatória a Carlos Relvas, que está exposta no museu.

Espero que consigam vir a este museu-estúdio, porque vale muito a pena. E eu já estou pronta para outra caminhada!

Mariana Bernardo

 

Fotos de Maria do Céu Fialho e António José Paulino

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