14 abril 2013

Pelas terras de Penacova

Inserida na cerimónia de entronização de novos confrades e organizada por um filho do lugar e juiz da Confraria, Luís Amante, a Confraria da Lampreia realizou, no fim-de-semana passado 6/7 Abril 2013, em Penacova, uma iniciativa, que contou com a participação do grupo de caminheiros “Sempre a Descer.Come”, onde fui gentilmente inserida, pelo responsável António Paulino.

Fazendo jus à sua designação descemos, comemos e subimos. Para além do Rio Mondego, subimos em conhecimentos e o conceito de partilha. Partilha de cultura e da natureza como um todo.
No primeiro dia fomos inseridos na cerimónia entre várias confrarias, Rabaçal, Almeirim, Galo do Campo, Chanfana e muitas outras e como somos Internacionais até França nos emprestou algumas das suas, sendo que, acabaram sendo membros da Confraria da Lampreia. Além de amantes da nossa Terra.

Finda a cerimónia que tinha contado com o cortejo pela vila realçando como é de tradição a exibição das lindas colchas de chita, penduradas nas janelas, seguiu-se o almoço muito bem organizado e honras de confecção.
O dia terminou com actuações do grupo coral infantil (muito bem ensaiado) e com o “Belo Canto de Coimbra”.

Quando a coisa corre bem até S. Pedro ajuda e assim sendo, antes dormir, ainda fizemos um pequeno passeio, aproveitando o clima delicioso que nos foi oferecido.
No segundo dia, as hostilidades começaram numa verdadeira incursão de armas de madeira e outras mais modernas, comprovadas como essenciais ao ultrapassar da travessia, durante o percurso pelas margens do Rio Mondego.

O passeio foi abrilhantado por duas interrupções fabulosas. O dono de um restaurante que além de nos servir um pequeno petisco da terra «tudo sempre bem regado», nos mostrou o seu viveiro de lampreias. Bichinho que muito respeito, mas prefiro ver no prato. E, uma segunda interrupção desta feita musical, com um filho da terra (Ruizinho de Penacova) que tocou, cantou e encantou, dentro do seu estúdio e de nós se despediu-com uma jeropiga.
O evento terminou, entre odores e sabores da Rota da lampreia e numa actuação de cortar a respiração no átrio da Câmara Municipal de Penacova ao som de grupo de Cavaquinhos da Rebordosa, entre o binómio gastronomia/cultura e assim nos despedimos dessa linda terra que sabe receber como ninguém.

Despedimo-nos daquela gente boa e antes do regresso a Lisboa, fomos visitar o Mosteiro da Senhora da Boa Morte em Lorvão, onde pela mão do seu guia, podemos aprender um pouco mais sobre a nossa história da Arte.
Como “Aliquid Novi” fui incumbida de fazer o relatório da nossa viagem: Ele aqui está, dando o meu contributo para algo que muito prezo. O início de uma  bela amizade! “carpem die”
Bem hajam!
Conceição Teixeira

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